quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Forgetfulness


Sinto-me um grãozinho,
Sinto-me um micróbio no meio de tantos,
Sinto nada...
Tudo veio e tudo se foi...
Tudo construi e tudo perdi,
Perdi coisas que nunca as tive,
Então não perdi?!
Quiz sempre ter-te,
Mas nunca te tive...
Nunca te pude ter...
Cuidei, tratei, amei...
Fiz a meu ver aquilo que a teu ver não fiz...
Guardei aquilo que nunca tive cá dentro.
E agora pergunto-me,
Então que guardei eu?!
Guardei o vento,
Guardei o vazio,
Guardei nada...
Cá dentro estava apenas ar...
Estranho,
Sentia-me cheia...
Cheia de ar,
Cheia de ilusões,
Estava cega,
Sempre estive...
Iludi-me mesmo quando me mostravam a verdade,
Mas eu puz de lado,
E guiei-me apenas por aquilo que sentia ter cá dentro...
Hoje sei que eram apenas ilusões...
Acordei e afastei-me das mentiras.
Tu eras apenas palavras,
Eu era acções...
Acções feitas do nada...
Acções que mais tarde seriam desvalorizadas,
E criticadas como inúteis,
Porque na verdade pensaste que nada fiz...
Usaste-me mais uma vez,
Mas quando me cortei numa situação,
Jogas-te-me para o lixo...
E hoje sou isto,
Um ser morto...
Nada...

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