quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Ti

Sei tanto e tão pouco. Sei o que és para mim e não sei o que sentes dentro de ti.
Sei que és aquela pessoa que no fundo és igual a mim. Sei que somos distintos, mas no fundo, mesmo no fundo és como eu, nem que seja um só pedaço...
Consigo perceber em ti aquilo que muitas vezes escondes, aquilo que na calada da noite te deixas levar. E por isso, um pedaço tenho igual a ti...
Tens tudo e tens tão pouco. Fora tens muito, eu tenho muito e por dentro temos tão pouco...
Pudessemos ter tudo dentro e fora. Pudessemos sorrir por ter tudo...mas não pudemos querer ter nada.
Pudessemos separar os momentos, e deixar-nos ficar só naquele. Não pudemos ficar...
Conheces-me tão bem...e por isso gosto de estar contigo, e por isso a cada momento que estamos naquele momento, me surpreendes mais uma vez.
Considero-te o meu sábio, porque tudo o que me dizes, dizes de forma tão segura (tal como a minha mãe).
Mas tu tens em ti aquele pedaçinho igual a mim, e esse pedaçinho é a razão por me compreenderes tão bem, tal como eu compreendo quando foges na calada da noite...Sei o que sentes, ou pelo menos tenho uma vaga ideia. Porque também eu me deixo levar na calada da noite...mesmo que sejam por razões diferentes.
Mas gostaria que eu e tu fossemos tão fortes e sábios na calada da noite, gostaria de puder mudar o que me faz levar e o que te faz levar...mas não posso, não está em mim a oportunidade de mudar em ambos, mas apenas em mim...
Contudo posso apenas desejar por ti... E poder ver em ti sempre um sorriso e não aquele olhar que eu bem percebo.
Obrigada por seres um poço seguro, por poder desabafar contigo e mesmo que não diga nada, tu percebes tudo... Não preciso de te dar mil razões nem explicações para compreenderes, porque em ti reside a experiência, porque tu já me conheçes.
Obrigada Ti por seres quem és e como és, por estares lá quando preciso, mesmo à distância...
Adoro-te Ti!

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